sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

12 Anos de Escravidão


Raquel Rocha
Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental


Um minuto com o dedo preso numa porta parece uma hora. Um minuto segurando na mão de alguém por quem você está apaixonado parece menos que um segundo. A impressão que eu tive ao terminar de assistir 12 Yers Slave foi de que ele tinha durado 10 horas. Não por ser um filme ruim, longe disso. Mas por ser um filme extremamente dolorido.

Imaginem um homem livre, como você e eu. Um homem com uma profissão (violonista), uma casa, esposa filhos e amigos. Esse homem é Solomon Northup (interpretado por Chiwetel Ejiofor) um negro que vive em  1841, nascido livre no Estado de Nova Iorque e morador da cidade de Saratoga.
Salomon recebe uma proposta de dois homens para viajar a trabalho a Washington. Uma noite após comemorar o sucesso da sua apresentação, Solomon é embebedado e na manhã seguinte acorda acorrentado num lugar desconhecido. Ele tenta explicar que aquilo é um engano, que ele é um homem livre e cada vez que ele repete a verdade é espancado. Esse é o primeiro dia, dos doze anos seguintes em que ele vai viver como escravo.

De Washington ele é vendido para Louisiana. Mudam seu nome para Platt e ele percebe que dizer quem é, passa a ser sua condenação à morte, também esconde que sabe ler e escrever e a única coisa de sua antiga vida que ele ainda faz é tocar violino quando os brancos ordenam.

São 12 anos de selvageria, agonias e sofrimentos. Ele vai parar na mão do senhor de escravo Edwin Epps (Michael Fassbender) um homem que sente prazer em ser cruel com seus escravos, principalmente com Patsey (Lupita Nyong'o), que é estuprada várias vezes por ele além de ser agredida pela sua esposa enciumada. Solomon não é um herói, ele não pode ajudar ninguém, sua força está em sobreviver a tudo aquilo para um dia talvez reencontrar a sua família.

Algumas cenas são agonizantes, como a de Solomon com a corda no pescoço para ser enforcado, tentando se equilibrar com as pontas dos dedos dos pés no chão enlameado, enquanto aguarda alguém que o tire dali. Também a cena em que ele é forçado a chicotear a pobre Patsey com um revólver apontado pra ele. São duas cenas que parecem demorar uma eternidade e faz com que você quase sinta a dor dos personagens.

As atuações são brilhantes. Aliás percebi que por melhor que seja a história, se o personagem não te cativa, tudo soa vazio. Foi o que aconteceu com o Django de Tarantino, interpretado por  Jamie Foxx, que não nos inspira nada, nem simpatia, nem compaixão. 

Mas Chiwetel Ejiofor faz com que a gente sofra a dor de Solomon Northup, talvez por isso a sensação de que o filme demorou a passar, porque parecia que ficamos 12 anos escravizados junto com Solomon. A modificação do personagem ao longo da trama é fascinante, no início, postura reta, altiva. Aos poucos ele vai se encolhendo, abaixando a cabeça, se curvando como um escravo.

Belíssimas atuações também de Lupita Nyong'o, honesta e triste, Brad Pitt com sua curta e heroica participação e Michael Fassbender como o desumano Edwin Epps que faz surgir em nós nossos piores sentimentos.

Este é terceiro longa dirigido por Steve McQueen e o roteiro foi escrito por John Ridley baseado no livro escrito pelo próprio Solomon Northup após ser liberto. Gosto muito dos filmes anteriores de McQueen: Hunger 2008 e Shame 2011, mas nada comparado à explosão que é 12 Years Slaves. Apesar de ser um filme sofrido é um filme que precisa ser assistido, para que possamos refletir o quanto é absurdo, incabível, doentio um ser humano achar que pode ser proprietário de outro. Terminei de ver esse filme com o mesmo sentimento que tive quando vi “A Vida é Bela”, de que era um belíssimo filme mas eu não queria ver novamente. No entanto, no caso de 12 Years Slaves tive que assistir e sofrer pela segunda vez, para escrever esse texto aqui e falar de toda impossibilidade de distanciamento que há nessa belíssima obra.


"I don't want to survive. I want to live"




Gênero: Drama
Direção: Steve McQueen
Roteiro: John Ridley, Steve McQueen
Elenco: Adepero Oduye, Alfre Woodard, Andre De'Sean Shanks, Andy Dylan, Anwan Glover, Ashley Dyke, Austin Purnell, Benedict Cumberbatch, Bill Camp, Brad Pitt, Bryan Batt, Cameron Zeigler, Chiwetel Ejiofor, Chris Chalk, Christopher Berry, Craig Tate, Deneen Tyler, Devin Maurice Evans, Devyn A. Tyler, Dickie Gravois, Douglas M. Griffin, Dwight Henry, Garret Dillahunt, Gregory Bright, Isaiah Jackson, J.D. Evermore, James C. Victor, Jay Huguley, John McConnell, Kelsey Scott, Kelvin Harrison, Liza J. Bennett, Lupita Nyong'o, Marc Macaulay, Marcus Lyle Brown

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domingo, 19 de janeiro de 2014

Plante uma árvore Frutífera

                                                                  

Raquel Rocha
Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental 

Plante uma árvore frutífera. Mesmo sendo mais fácil ir ao supermercado e comprar as frutas que quiser. Mesmo você não tendo tempo de regar plantas, não tendo tempo de limpar folhas secas no chão, mesmo não tendo paciência de esperar anos e anos para que ela cresça. Mesmo com tudo isso, plante uma árvore. Não plante árvores ornamentais, lindas, glamorosas e vazias. Não faça um jardim, crie um um pomar.

Ainda que você só tenha um lugarzinho pequeno, plante uma árvore frutífera. Ela vai te tornar uma pessoa melhor. Vai nascer toda feinha, toda e desengonçada e você vai perceber que a beleza pouco importa, porque aquele galhinho torto tem grande potencial. E depois o tempo irá passando, você naquele trabalho de regar aqueles galhinhos tortos (que agora são 3 ou 4) e que estão longe, muito longe de dar algum fruto. Sua árvore vai crescer e ocupando seu espaço, um galho mais baixo e inconveniente pode atrapalhar sua passagem mas nem assim você vai cortá-lo, porque nunca se sabe de qual galho virá a melhor produção. As folhas vão sujar o chão e você vai ter que limpar, além de travar uma guerra com lagartas e formigas pra defender sua pequena árvore. Os anos vão passar, sua vida vai mudar, você terá filhos, terá cachorros, terá carros mas continuará cuidando daquele pé feinho que você defendeu do engenheiro que queria cortá-lo na última reforma. E os frutos não vieram... mas você aprendeu a amar sem esperar nada em troca, porque ele está enorme, espaçoso e faz parte da sua vida.

Essa longa jornada de cuidados, expectativas, carinho faz valer o dia em que você pegou aquele aquela mudinha ou semente, cavou um buraco e a enterrou no chão. Mas eis que um belo dia você vê algo estranho, minúsculo, grudadinho no tronco timidamente (é assim com quase todos os frutos). E você tem que olhar várias vezes para acreditar no que está vendo. E esse fruto vai crescer no tempo dele, sem pressa e você vai admirá-lo todos os dias, com a vaidade do Criador. Com o amor do Criador.  Até ele estar pronto. E você hesita em comê-lo porque ele é o mais perfeito dos frutos. Mas sabe que aquele momento é seu, porque é o tempo certo, porque você merece, porque ele existe para você. E você o tira da árvore e num ritual quase sagrado come aquele fruto que não alimenta seu corpo mas alimenta sua alma, sua esperança, sua crença na vida.

Engraçado que o primeiro fruto geralmente é solitário, como se fosse uma forma do universo mostrar o quanto aquele momento do nascimento é especial. Mas outros frutos virão, em grandes quantidades, e cada um deles te fará feliz como o primeiro. Algumas vezes você percebe que aquele que você estava namorando há dias esperando o tempo certo foi comido por um pássaro. E aprenderá que o tempo do pássaro é diferente do seu. E aprenderá a dividir seus frutos com os pássaros assim como eles dividem o canto com você. Se orgulhará por ser responsável por toda aquela produção, ficará confusa sem entender porque há tanta fome no mundo.

E aquele pé tortinho dará frutos por anos e anos te agradecendo por todo cuidado e amor que você o dedicou. Mas um dia ficará velho, e seus frutos diminuirão e diminuirão... E talvez ele já não dê frutos, mas não isso não importa, porque ele cumpriu a missão dele, que não era dar frutos, mas te ensinar sobre paciência, respeito, generosidade e doação. 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Filme A Menina que Roubava Livros

The Book Thief


Raquel Rocha
Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental 

Não começarei esta resenha dizendo que o livro é melhor que o filme. Porque são duas formas diferentes de contar a mesma história. E, neste caso, uma belíssima história mostrada de forma tocante tanto no livro de Markus Zusak quanto no filme de Brian Percival.
A história é narrada pela Morte, que encontra Liesel Meminger (Sophie Nélisse) pela primeira vez, em 1939, numa viagem de trem. Sua mãe, uma comunista, está levando seus dois filhos para entregá-los a um casal alemão e o irmão mais novo de Liesel acaba morrendo durante a viagem. A partir desse momento a morte fica encantada com a menina e passa a acompanhá-la durante os 4 anos seguintes.
Liesel é entregue ao casal Hans e Rosa Hubermann. Ela, uma mulher amargurada com as dificuldades que a família vem passando. Ele, um adorável tocador de acordeom que não perdeu a doçura. É nesse contexto que Liesel vive sua infância, em meio às dificuldades da Segunda Guerra, as atrocidades com os judeus, a amizade com Rudy Steiner e um segredo que ela tem que esconder de todos: um judeu abrigado em seu porão.
O primeiro livro que Liesel rouba é no enterro do seu irmão, um manual do coveiro que o mesmo deixa cair. Ela não sabe ler, mas guarda aquele livro como uma relíquia. E é com ele que seu novo pai a ensina a ler. Eles não têm papel e as palavras são anotadas nas paredes do porão para que Liesel as aprenda. O segundo ela rouba das cinzas de uma grande fogueira de livros feita pelos nazistas. E os seguintes ela passa a roubar entrando pela janela na biblioteca do prefeito. Seu pai acaba se tornando uma espécie de cúmplice. Através dos livros Liesel foge da dura realidade em que vive, alimenta sua imaginação de menina e constrói uma poética relação com o jovem judeu.
O ponto alto do filme é a escolha do elenco, Geoffrey Rush, que interpretou com maestria Lionel Logue em The King's Speech, dá um novo show como o adorável Hans. É impossível não amar aquele velho de alma nobre, cujo sofrimento está explícito no olhar. Um homem bom que vê injustiças e nada pode fazer. Rosa, interpretada por Emily Watson, lembra um pouco a personagem Rose Narracott de War Horse. Ambas endurecidas por fora, mas com um enorme coração, mulheres que criticam, mas também defendem os seus como feras. Apesar das semelhanças com a personagem anterior, gosto da Rosa de Emily Watson e da forma lenta e crua com a qual ela conquista o público no decorrer da narrativa.
Outras atuações fortes são de Ben Schnetzer como o judeu Max Vandenburg, Sophie Nélisse como Liesel Meminger e Nico Liersch como o apaixonante Rudy Steine. Nesse filme parece que todos os atores se encaixaram perfeitamente nas imagens mentais que tínhamos dos personagens dos livros.

O ponto fraco é a falta de algumas explicações importantes. Mesmo não sendo possível transportar para o filme a mesma quantidade de detalhes do livro, percebo que o roteiro do filme deixou de lado pontos fundamentais que explicam a história, como o que aconteceu entre Hans e o pai do judeu para que Hans arriscasse sua vida e a de toda sua família abrigando o rapaz.
O diretor fez a feliz escolha de não apelar à violência. Com exceção de uma única cena na qual os judeus são arrancados de forma brusca de suas casas e lojas e espancados nas ruas, no restante do filme Brian não se utiliza desse artifício para mostrar as brutalidades ocorridas, que são do conhecimento de todos nós.

Um filme simples, mas, profundo, que mostra as atrocidades da guerra pelos olhos de seres humanos bons, que não perderam a capacidade de dar e receber amor. Pessoas que continuaram sendo pessoas quando o mundo parecia repleto de animais enlouquecidos pelo ódio. Apesar de narrado pela morte, diria que é um filme, acima de tudo, Humano.





Quotes do Livro

"Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito."

"Estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiura e sua beleza, e me pergunto como uma coisa pode ser as duas."

“Sua voz era quase inaudível, mas os olhos gritavam mais do que nunca.”

"Estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza. E me pergunto como uma coisa pode ser as duas."

“Pode alguém roubar a felicidade? Ou será que ela é apenas mais um truque interno dos humanos?”

"Ela era a roubadora de livros que não tinha palavras. Mas, acredite, as palavras estavam a caminho e, quando chegassem, Liesel as seguraria nas mãos feito nuvens, e as torceria feito chuva."

"O silêncio não era quietude, nem calma, e não era paz."

Não quero ter esperança de mais nada. Não quero rezar para que Max esteja vivo e em segurança. Nem Alex Steiner, porque o mundo não os merece.

"O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, no passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo e na hora certa. A conseqüência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo a sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Mais não seja, eles têm o bom senso de morrer.”


Markus Zusak — A Menina Que Roubava Livros



Ficha técnica A Menina Que Roubava Livros

Título Original: The Book Thief.
Origem: Estados Unidos / Alemanha, 2013.
Direção: Brian Percival.
Roteiro: Michael Petroni, baseado em livro de Markus Zusak.
Produção: Ken Blancato e Karen Rosenfelt.
Fotografia: Florian Ballhaus.
Edição: John Wilson.
Música: John Williams.

·         Sophie Nélisse como Liesel Meminger
·         Geoffrey Rush como Hans Hubermann
·         Emily Watson como Rosa Hubermann
·         Ben Schnetzer como Max Vandenburg
·         Nico Liersch como Rudy Steiner
·         Joachim Paul Assböck como Oficial Schutzstaffel
·         Sandra Nedeleff como Sarah
·         Hildegard Schroedter como Frau Becker
·         Rafael Gareisen como Walter Kugler
·         Gotthard Lange como Coveiro
·         Godehard Giese como polícia no comboio



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sábado, 11 de janeiro de 2014

Candelabro Italiano (1962)


 “Quanto se pode ser feliz?”


Prudence Bell é uma bibliotecária de New England que vive uma vida pacata e solitária. Ao emprestar um livro seu a uma aluna acaba sendo chamada atenção pela direção da escola que considera o material obsceno. Diante da situação Prudence se demite e declara: “Irei para onde sabem o que é o amor, para a Itália.” Embarca então em um navio para Roma, disposta a viver lá um grande  romance.

O filme não conta uma grande história. O óbvio acontece: em Roma ela encontra Don, um homem que acaba de ser abandonado pela namorada, está sozinho e sofrendo. Juntos eles exploram Roma e o interior da Itália, as artes e falam sobre seus sentimentos. É uma história romântica, inocente e bela na sua singeleza.

O filme vale pelas lindas paisagens da Itália, pelos diálogos e pela música que nunca mais vai sair da sua cabeça “Al di la”. Por isso diferente do tradicional trailer, hoje deixo aqui a cena do filme que toca essa música e claro, a declaração a uma das cidades mais lindas do mundo.

“Roma não pode ser vista num dia, numa semana, num mês ou num ano”



Raquel Rocha

Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental 






Diretor: Delmer Daves
Elenco: Angie Dickinson, Troy Donahue, Suzane Pleshtte, Rossano Brazzi, Chad Everett, Hampton Fancher, Al Hirt, Constance Ford
Duração: 120 min.
Ano: 1962
País: EUA

Elenco
Troy Donahue ……. Don Porter
Angie Dickinson ……. Lyda Kent
Rossano Brazzi ……. Roberto Orlandi
Suzanne Pleshette ……. Prudence Bell
Constance Ford ……. Daisy Bronson
Al Hirt ……. Al Hirt
Hampton Fancher ……. Albert Stillwell
Iphigenie Castiglioni ……. Condessa


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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Gabriel Garcia Márquez


Frase Citação


Gabriel Garcia Márquez

Gabriel García Márquez


Gabriel Garcia Márquez

sábado, 4 de janeiro de 2014

Quanto Mais Quente Melhor (1959)



Dois músicos desempregados (Jack Lemmon e Tony Curtis) acabam testemunhando uma chacina comandada por um gangster. Jurados de morte eles se travestem de mulheres e, utilizando os nomes de Josephine e Daphne, embarcam num trem para Miami junto com uma banda feminina. Na viagem eles conhecem a cantora Sugar Kane interpretada por Marilyn Monroe. Ambos se apaixonam por ela, mas precisam disfarçar o desejo e manter a postura feminina.

Dirigido por Billy Wilder, Some Like It Hot é uma comédia simples, mas espirituosa. Cenas hilárias de dois marmanjos tentando agir como damas e de Marilyn inocentemente íntima deles sem ter noção do quanto sua sensualidade os afeta. E eles repetem pra si mesmo “I’m a girl, I’m a girl, I’m a girl”. No período da lei seca, bebem juntos a noite na cama, brincando como meninas com a loira fatal debaixo dos lençóis. Para completar a comédia, um milionário (Joe E. Brown) se apaixona por Daphne e eles acabam encontrando o gangster do qual fugiam em Miami, exatamente no hotel em que vão tocar.

O filme é de 1959, mas ainda hoje funciona utilizando receitas que depois foram repetidas ao longo desses 50 anos. “Quanto Mais Quente Melhor” é um exemplo da capacidade mágica do cinema de provocar as mesmas sensações ao longo de décadas e claro, de eternizar a beleza de uma das atrizes mais deslumbrantes da história da sétima arte. 

Raquel Rocha
Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental 


Gênero: Comédia
Direção: Billy Wilder
Roteiro: Billy Wilder, I. A. L. Diamond
Elenco: Al Breneman, Arthur Tovey, Barbara Drew, Bert Stevens, Beverly Wills, Billy Gray, Billy Wayne, Carl Sklover, Colleen O'Sullivan, Danny Richards Jr., Dave Barry, Edward G. Robinson Jr., Fred Sherman, George E. Stone, George Lake, George Raft, Grace Lee Whitney, Harold "Tommy" Hart, Harry Wilson, Helen Perry, Jack Lemmon, Jack McClure, JackMather, James Dime, Joan Shawlee, Joe Gray, Joe Palma, John Fields, John Indrisano, John Logan, Laurie Mitchell, Marian Collier, Marilyn Monroe, Mary Foley, Mike Mazurki, Nehemiah Persoff, Pat Comiskey


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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Tão Forte, Tão Perto


“ARE YOU THERE? ARE YOU THERE? ARE YOU THERE?“
Por Raquel Rocha


Oskar Schell (Thomas Horn) é um menino antissocial, que tem dificuldade em falar com as pessoas e ir a certos lugares. Seu pai é o único que o entende e ambos compartilham um mundo próprio, cheio de fantasia, investigação e descobertas. É uma forma do pai estimular o filho a pensar, tomar iniciativas e ter contato com o mundo.

Mas o pai de Oscar morre no atentado de 11 de setembro. O menino não aceita a perda do pai e vive como se sua vida estivesse suspensa.

Quase um ano após a tragédia, sentindo-se afundar num grande vazio Oscar decide buscar algo a que se agarrar. E encontra. Trata-se de uma chave, dentro de um envelope que por sua vez está dentro de um jarro azul onde está escrito “Black”.

O menino guarda essa chave como se ela fosse a única forma de sentir seu pai perto e resolve descobrir qual fechadura ela abre. Para isso ele planeja visitar 472 pessoas em Nova York que possui o sobrenome Black.
Extremely Loud And Incredibly Close  é um filme comovente sem ser piegas, um filme sobre a dedicação de um pai, a lealdade de um filho, o amor de uma mãe e uma grande busca.

Quotes

“Se o sol explodisse você nem perceberia por oito minutos. Esse é o tempo que demora para a luz viajar até nós. Por oito minutos o mundo estaria claro e ainda sentiríamos o calor. Fazia um ano da morte do meu pai e eu sentia que meus oito minutos com ele estavam se esgotando.”


Direção: Stephen Daldry
Roteiro: Eric Roth
Elenco: Adrian Martinez, Chloe Elaine Scharf, Gina Varvaro, Griffin Newman, James Gandolfini, Jeffrey Wright, John Goodman, Joseph McKenna, Max von Sydow, Sandra Bullock, Summer Valentine, Thomas Horn, Tom Hanks, Zoe Caldwell
Produção: Scott Rudin
Fotografia: Chris Menges 


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