Injustiça do Oscar: Emmanuele Riva

Raquel Rocha

Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental

Não vou comentar as indicações para o prêmio de melhor atriz esse ano porque ainda estou engasgada com a premiação de Jannifer Lowrence pelo "O Lado Bom da Vida" (Oscar 2013). Sua atuação foi boa, ela é uma graça e coisa e tal, mas nada comparado a arrebatadora Emmanuelle Riva em "Amour", interpretando uma professora de piano que, após um derrame, começa a definhar morrer um pouco a cada dia.

Emmanuele Riva, protagonista de Hiroshima Mon Amour (1959) um dos precursores da Nouvelle Vague, foi a mais velha atriz a ser indicada ao Oscar. Por isso a  injustiça do Oscar 2013 provavelmente nunca será reparada já que a Emmanuelle completou 86 anos e dificilmente concorrerá novamente.  

“Vou gostar se ainda me chamarem para atuar mais uma vez. Mas se não chamarem, não vou me aborrecer. Continuo viva e gosto dessa sensação. Acho que vou gostar da vida até a morte” disse a atriz francesa.

Independente dessa decisão equivocada da academia a estrela Riva de tem um lugar reservado no coração e na memória de quem assistiu essas duas obras de artes. Porque ela foi gloriosa nesses dois momentos e seu brilho é maior que qualquer estatueta de Oscar.

Para ler a crítica de Amour, clique aqui:  AMOUR

Dallas Buyers Club e Oscar de Melhor Ator

Raquel Rocha

Comunicóloga, Psicanalista e Especialista em Saúde Mental

Matthew McConaughey interpreta um cowboy machista, hétero, viciado em álcool, drogas e fornicação. Depois de muitas extravagâncias, descobre que está com AIDSs, em plena década de 80 quando pouco se sabia sobre a doença e a relacionavam com a homossexualidade.

O médico lhe dá 30 dias de vida e a partir daí ele entra numa batalha pra sobreviver, testando drogas desconhecidas e aproveitando também para traficá-las. Uma história nada convencional contada com uma honestidade fora do comum.  Isso porque Jean-Marc Vallée em nenhum momento parece ter a pretensão de transformar seu personagem em um herói.

Clube de Compras Dallas tem uma narrativa firme, engraçada e envolvente. Mas o mérito do filme está mesmo na atuação genial de McConaughey que provavelmente ganhará Oscar de melhor ator esse ano. O que seria uma escolha justa, tanto quanto se a estatueta fosse dada a Chiwetel Ejiofor que também está incrível em 12 Anos de Escravidão. Já que este texto caminhou para o lado dos atores vou aproveitar para lamentar a ausência de Tom Hanks como indicado, sua interpretação de Capitão Philips é simplesmente de tirar o fôlego.

Tom Hanks como Capitão Philips

  

Chiwetel Ejiofor como Solomon Northup

FICHA TÉCNICA

Título original: Dallas Buyers Club

Direção: Jean-Marc Vallée

Elenco: Matthew McConaughey, Jared Leto, Jennifer Garner, Denis O’Hare, Dallas RobertsRoteiro: Craig Borten, Melisa WallackTrilha sonora: Danny ElfmanDuração: 117 minutosPaís: Estados Unidos da AméricaGênero: Biografia, Drama

Palavras Chaves: Filme Cinema Movie Resumo Opinião Resenha Críica Comentário Oscar 2014