sexta-feira, 18 de abril de 2014

CEM ANOS DE SAUDADE - Gabriel Garcia Márquez

 
Por Raquel Rocha

Algumas pessoas não deveriam morrer. Pessoas que dedicam sua vida a fazer o bem, pessoas que dedicam sua vida ao conhecimento e pessoas que dedicam sua vida à arte. Gabriel Garcia Márquez se encaixa nesta última.  Cada livro seu era uma verdadeira obra de arte que mudava a nossa forma de ver e sentir o mundo.

Nasceu no início do século passado, em 1927 na pequena cidade de Aracataca, Colômbia. Cresceu ouvindo as histórias do seu avô que havia lutado na Guerra dos Mil Dias. Passou a juventude mergulhado em livros. Era leitor de Franz Kafka... Mais tarde, abandonou o curso de Direito para trabalhar como Jornalista.

Publicou seu primeiro livro "A Revoada (O Enterro do Diabo)" aos 28 anos em 1955. Mas foi 12 anos depois, em 1967 que se tornou conhecido mundialmente com "Cem Anos de Solidão". Ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto de sua obra. Foi traduzido para 36 idiomas com mais de 40 milhões de livros vendido.

Em 2012 seu irmão anunciou que Gabriel fora diagnosticado com demência e por isso não voltaria a escrever. Aquela foi a primeira morte do escritor, que diante da impossibilidade de exercer sua arte deixou um pouco de viver. No entanto, confesso que durante esses dois anos nutri a esperança de que ele, num surto de lucidez, escrevesse ainda alguma coisa, um conto, algumas linhas, algumas palavras... E talvez essas palavras o curassem, porque as palavras são mágicas quando escritas por um gênio.

Gabriel Garcia Márquez é um dos responsáveis pela minha adoração a literatura.  Li “Cem anos de Solidão” aos 11 anos e fiquei encantada. Passei noites sem dormir agarrada a “Do Amor e Outros Demônios“,  quis me molhar com a chuva de “La Mala Hora”, me diverti com as Memórias de suas Putas Tristes e “O amor nos Tempos do Cólera” mudou o meu conceito de amor verdadeiro.

Nesta quinta-feira, 17 de abril de 2014, aos 87 anos, Gabriel Garcia Marquez morreu em sua casa, na Cidade do México, onde morou nos últimos 30 anos. Nem depois de ler a notícia diversas vezes consegui escrever esse texto com os verbos no passado, porque pessoas como ele nunca vão embora, atingem a imortalidade através de sua obra e permanecem sempre conosco.

A Saudade, título desse texto, não  é pela sua partida é saudade de tudo que ele poderia ter escrito mas o tempo não permitiu.

Vai em Paz Gabo.


"Não senti dor nem medo, mas a emoção arrasadora de ter conseguido viver até ali."    

Gabriel Garcia Márquez


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Perguntei ao Renato Teixeira

Nova música de Oswaldo Montenegro em parceria com seu amigo Renato Teixeira. Não encontrei a letra em lugar nenhum então digitei palavra por palavra, como nos tempos em copiava as músicas que passavam nas FMs.




Perguntei ao Renato Teixeira qual é a maneira da vida brilhar
Ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar
E ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar
 
Perguntei onde estava a folia se o corpo que gira bambeia no ar
Ele diz: É o Som dessa lira que traz alegria pra gente cantar
Ele diz: É o Som dessa lira que traz alegria pra gente cantar
 
Perguntei ao Renato Teixeira qual é a maneira pra vida brilhar
Ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar
Ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar
 
Perguntei se o que passa retorna
Ele diz: O que foi nunca mais vai voltar
Mas além do futuro, o passado no olha de lado querendo brincar
Mas além do futuro, o passado no olha de lado querendo brincar
 
Perguntei ao Renato Teixeira qual é a maneira pra vida brilhar
Ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar
Ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar
 
Perguntei se pro tal violeiro o negócio é dinheiro ou o quê que será?
Ele diz: A resposta é a morena deitada na rede de papo pro ar
Ele diz: A resposta é a morena deitada na rede de papo pro ar
 
Perguntei ao Renato Teixeira qual é a maneira pra vida brilhar
Ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar
Ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar
 
Perguntei dos mistérios e das coisas da filosofia pro povo cantar
Ele diz: A resposta é o silêncio que mora tranquilo no fundo do mar
Ele diz: A resposta é o silêncio que mora tranquilo no fundo do mar
 
Oh Renato Teixeira, Qual é a maneira da vida brilhar?
Ele diz: Acendendo a fogueira, pegando uma estrela e jogando no mar