quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

ALGUMAS CRIANÇAS PODEM E OUTRAS NÃO?



 
Estive pensando... Se eu fantasiar minhas filhas de ovelhas, leoas, gatas eu estarei sendo preconceituosa?
 
Minha filha já dançou balé vestida de gambá, será isso foi preconceito?
 
Ou será que elas podem se fantasiar de qualquer animal menos de macaquinhas? Ou, no caso delas, está permitido?
 
 E aquele comercial da Parmalat? Que comercial preconceituoso! Tinha uma criança vestida de macaco lá e todo mundo se derretia com tanta fofura, como ninguém pode ver o preconceito?

Por que eu tenho liberdade de fantasiar minhas filhas do que eu quiser e o produtor Fernando Bustamante não tem????

Qual o problema com o macaco? Ele não é um animal como outro qualquer?

Qual o problema com o filho dele? Ele não é uma criança como outra qualquer?

Onde está escrito que criança de determinada cor não pode se fantasiar de determinado animal?
 
Não seria preconceito justamente impedir que uma criança negra pudesse se fantasiar de algo que uma criança branca, asiática ou de outro planeta podem?

Ninguém percebeu que o preconceito está justamente nas pessoas que "enxergam" essa associação entre o negro e o macaco  e assim que reforçam esses estereótipos? 

O que nós precisamos é desconstruir  esse tipo de simbologias, jamais corroborar com elas.
 
 Em 2014 o jogador do Barcelona Daniel Alves foi alvo de um ataque de imbecis que atiraram banana no campo com a intenção de diminuí-lo, e o que ele fez? Pegou a banana e comeu! Ele ridicularizou quem teve a intenção de ofendê-lo mostrando que para ele uma Banana é apenas uma Banana. E uma fruta não pode ofendê-lo.

 E é isso mesmo. Vamos deixar claro:
  • A banana é apenas uma fruta.
  • O macaco é apenas um animal.
  • A criança é apenas um ser criança que tem o direito de se fantasiar do que quiser.
E o mundo, ah.... é apenas um lugar doente onde moram indivíduos pequenos que se sentem capazes de julgar os outros.
 
Não peça desculpas Pai. Continue criando seu filho com a liberdade de vesti-lo do que você e ele quiserem e manda os que lhe apontam o dedo irem se ... (escrevi mas apaguei porque sou educada)

Vivemos a era do cerceamento dos direitos, da nulidade do pensamento individual e do paradigma condenatório das massas.

Sejamos diferentes.
 
  
 



 
 

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